PROCESSO PRODUTIVO

Maio/2022

De modo geral, a construção de um processo produtivo, em particular no mercado de cosméticos, se alicerça em ferramentas que garantem desde qualidade da matéria prima a aspectos logísticos do sistema fabril. Neste sentido, podem ser utilizadas técnicas em âmbito analítico, que visam realizar testes que identificam tanto a composição do material utilizado, quanto ao seu perfil reacional - toxicidade, potencial alergênico e irritabilidade - em contato com sistemas biológicos do indivíduo. Além disto, existem os métodos organizacionais de controle de qualidade que podem ser implementados no processo produtivo, visando o maior rendimento e atenuar possíveis riscos que podem surgir ao longo do tempo. Deste modo, empresas podem lançar mão de abordagens tradicionais que garantem um mercado estável com poucas demandas para alterações nos processos em sua linha de produtos, quanto acompanhar o seguimento de inovações que percorrem diversas empresas de biotecnologia, associadas à cosmetologia (BOCCA, et al. 2014; SAADATZADEH, et al. 2019; MESKO, et al. 2020).

As fases de planejamento e desenvolvimento estão diretamente atreladas às estratégias da empresa, podendo ser atribuídas a inserção de um produto inovador no mercado, assim como uma cópia (parcial/total) de seus concorrentes de vendas. Sobretudo, essas investidas devem ser verificadas em todos os âmbitos de um mercado consumidor, pois isso definirá um possível risco gerencial, atribuído a um produto inovador que será desenvolvido, mas que pode não ser aceito pelo mercado, assim como uma réplica de produto que pode acarretar a diversas questões judiciais (SOUZA, DIAS & RIBEIRO, 2010; CARPINETTI, 2016).

Dada a consolidação da fase de planejamento, cabe a mão de obra responsável pela execução, atuar sobre as primeiras configurações do projeto conceitual, verificando quais características (organolépticas e físico-químicas) devem ser padronizadas, assim como embalagens, envase e armazenamento e os modelos de qualidade que serão utilizados para avaliar e definir a replicabilidade do produto em escala industrial (SOUZA, DIAS & RIBEIRO, 2010; LEITE, 2011).

A partir disto, a empresa necessita do aporte de lançamento e logística de distribuição para o revendedor, visando alcançar o público alvo definido anteriormente nas fases de planejamento. Atualmente, as empresas tem utilizado diversas maneiras de inserção de um cosmético no mercado consumidor, bem como seu alcance nos demais veículos de comunicação e tecnologias (TV, rádios, redes sociais, internet, etc.) para que se possa expor além do seu produto, os seus respectivos valores e impactos frente a sociedade (SOUZA, DIAS & RIBEIRO, 2010).

Por fim, após a sua distribuição e consumo na população, é necessário avaliar o ‘feedback’ atribuído no lançamento do cosmético. Por meio de ferramentas gráficas e indicadores é possível correlacionar as vendas com a produção, explanando se de fato o produto foi aceito e se é economicamente viável (margem de lucro) para sua futura produção nos demais seguimentos. Sendo assim, cabe a empresa impulsionar a gestão da qualidade para assegurar a permanência de mercado e produção com seus respectivos planejamentos e demais aspectos organizacionais (CLEPF, MARTINELLI & CAMPOS, 2015; CARPINETTI, 2016)


Referencia:

Dra. KARLA THAÍS DE CASTRO SILVA

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

CONTROLE E GARANTIA DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA COSMÉTICA

Artigo científico apresentado ao curso de Biomedicina da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Biomedicina.

PARTE 1

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