Maio/2022
A significação do conceito de beleza, construção de uma identidade intelectual e corporal, tem seu início na infância do indivíduo, que por sua vez são construídos de acordo com as imagens e padrões de consumo impostos na sociedade. Este comportamento sempre foi atribuído as mulheres, mas nos últimos anos, o público masculino tem garantido cada vez mais espaço nessa discussão (BATALINI et al. 2013). Cada cultura apresenta seus padrões, de acordo com seus ideias e valores, mas majoritariamente quando idealizamos um corpo feminino, temos as predefinições de uma mulher magra, com traços finos, cabelos lisos e cor de pele clara; assim como para homens, visualizamos um corpo definido e de características másculas. Entretanto, a incorporação de novos veículos de informação na sociedade, em particular as redes sociais, tem impulsionado grupos, como por exemplo, o público LGBTQI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgênero e Transessexuais, Queer e Intersexo), afrodescendente e Geek (público conhecedor de cultura pop) que antes eram considerados minorias, a terem espaço de fala no que diz respeito a construção de um corpo ideal. Esse movimento foi crucial para o mercado cosmetológico, pois definiu novas estratégias de qualidade e readequação ao produto que anos atrás atendia a necessidade de um público específico (VARGAS, 2014; STREHLAU, CLARO & NETO, 2015).
As consideradas redes de mensagens e campanhas publicitárias em massa, ou mass medias, canalizaram seus esforços à novos projetos de gestão da qualidade que apresentariam um produto de qualidade ao alcance de qualquer indivíduo, livre de categorizações de gênero, cor de pele ou opção sexual. Neste contexto, diversas empresas trouxeram pra si um novo processo produtivo, com novas linhas de consumo e inovações que garantiram sua permanência em um mercado cada vez mais exigente e competitivo. Assim, a utilização de métodos e ferramentas de gestão da qualidade estão sendo utilizadas de forma massiva, para que se possam alinhar de forma subjetiva os seus principais valores e propostas em um produto que atenda o indivíduo (PEREIRA, 2011; RELATÓRIO NATURA, 2019).
Cabe aqui destacar, que desde o final de 2019, a população mundial tem percorrido novas posturas e padrões de higienização, devido a uma pandemia de coronavírus (Covid-19), que por sua vez impulsionou a demanda de artigos de higiene e assepsia. Neste contexto, as empresas redirecionaram sua capacidade produtiva para a confecção de itens essenciais (sabonetes, álcool em solução e em gel) para barrar a propagação do vírus, além de realizar parcerias do mesmo seguimento para facilitar a logística e distribuição destes materiais em ambientes de necessidade maior, como hospitais, comunidades marginalizadas e frentes de atendimento (RELATÓRIO NATURA, 2019; GUAN et al. 2020).
Referencia:
Dra. KARLA THAÍS DE CASTRO SILVA
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CONTROLE E GARANTIA DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA COSMÉTICA
Artigo científico apresentado ao curso de Biomedicina da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Biomedicina.
PARTE 1